sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Capítulo X de "A espera também cansa"


Sei que em breve todos me acharão repetitiva, tão monótona, tão sem graça, que provavelmente se cansarão da minha perspectiva e do meu ponto de vista para que com o Mundo, perante isto do amor. Eu digo "isto" na medida em que não consigo definir amor com exactidão, ninguém o consegue, é impossível; mal comparado é como contarmos todas as estrelas existentes no céu da noite mais estrelada do ano.
Sendo um sentimento sintetizado em apenas 4 letras, já inúmeros foram os corajosos(as) que tentaram investigar o seu significado, desconhecendo as consequências que um verdadeiro amor pode causar, foram fortes e de certa forma masoquistas ao mesmo tempo por investigarem a complexibilidade deste sentimento. É preciso força, muita força mesmo para não desistir de algo na qual temos a maior esperança, a maior crença, mas que nos faz tão mal à nossa auto-estima, que em segundos nos consegue pôr na fossa. Não é tarefa fácil, não é acto de qualquer um, apenas os que têm a vontade acima de tudo é que o conseguem fazer, e eu tenho tanto medo de não ser uma dessas pessoas que há alturas em que só me apetece desistir, deixar de resistir à vida e apenas deixar-me arrastar, de acabar com isto para que não volte a sofrer mais graças às tuas indecisões, às tuas mudanças de humor constantes e a todas as tuas atitudes imprevisíveis, aliás, tu todo és imprevisível...
Os arrepios que percorrem o meu corpo de lés a lés, desde os dedos dos pés até à nuca, são agora constantes, os risos descontrolados quando te tenho por perto ou quando simplesmente te vejo são mais que inevitáveis e as lágrimas derramadas que descem lenta e dolorosamente ao longo da minha face são impossíveis de prever e até mesmo de impossíveis de conter.
Ajuda-me a parar com esta situação, a compreender-te já que sozinha sou incapaz de o fazer, não quero ser um fardo para ti apenas quero saber o que deva fazer, se deva ou não continuar, se deva mudar, se deva de desistir, ajuda-me ...

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