sábado, 12 de março de 2011

Definiçao de amor?


Sequei, após tanto tempo a chorar por algo que aconteceu apenas me resta um corpo e uma alma, vazia.Levaram-me tudo o que tinha, arrancaram do meu peito todos os sentimentos que possuía e nutria por ti e ate grande parte da amizade, aquela que foste destruindo aos poucos com as tuas mentiras e omissões. Levaram-me tudo quanto puderam, numa fracção de segundos, mas no entanto algo restou, bem que tentaram mas este forte sentimento, mesmo com a erosão do tempo cá permaneceu.Definição de amor, alguma vez ouviram falar? Eu já, muitas vezes ate. Já tentei inclusive expô-la em palavras, escrever mesmo o seu significado e imortalizar essa definição para que curiosos da vida, assim como eu, tivessem acesso a ela… Mas será que alguém alguma vez a viu? Fiquei intrigada porque pensava ser dotada desse conhecimento durante tanto tempo, que fui pesquisar o que era verdadeiramente amar e cheguei a uma conclusão: amar vem sempre associado a sofrimento! Dizem que amar e uma dadiva de Deus, o melhor presente abstracto que nos, como seres humanos carnais que somos, possuímos; dizem que amar com todo o nosso coração e o gesto mais puro e mais bonito que existe, que e como uma janela para o que de melhor detemos dentro de nos, mas a esses que dizem tanto e tão bem dito, faço parecer-lhes a minha maneira de pensar, que sempre me disseram ser muito própria e inclinada para a frontalidade: "O que há então de bonito em chorar horas a fio ate ficar sem fôlego, pela dor que nos aperta o coração e que nos sufoca a alma ate a exaustão? O melhor presente que Deus nos implantou na Terra? Então, meu todo poderoso, responda-me se for digna de tal feito, se o melhor para o equilíbrio do ser humano e a nossa morte, quer a interior (pela espera ou ausência do nosso amado), quer a exterior (como consequência de uma loucura, um momento menos feliz que nos faz perder a cabeça e acabar com a nossa própria vida)Digam-me fieis sábios, se amar e assim… Amar e justo?"
Sempre acreditei que o seria ate a uma determinada altura, a tarde em que te conheci e os nossos olhos se cruzaram. Juntamente com essa crença, sempre acreditei também no poder, no meu poder, o qual eu me inspirava nas mais variadas heroínas, mães, avos, feministas… MULHERES, verdadeiras lutadoras e defensoras de si próprias, mas já nem nisso tenho fé...
Parabéns àqueles que sempre me desejaram ver assim e nunca tiveram oportunidade, os que me queriam ver derrubada e vencida pelo cansaço. Eu, Raquel Marques, as 03:11 do dia 10 de Março de 2011, baixo a minha cabeça e deixo cair a minha coroa no chão.Ouves o pingar coordenado das lágrimas e o metálico tilintar da coroa no frio, mas mais quente que eu, chão de azulejo? Pois bem, desisti. E ao desistir morri.