domingo, 21 de março de 2010

Querer não é poder...


Quero acreditar que tudo isto que me rodeia, que todo este ambiente constrangedor é pura ficção, uma partida maldosa da minha imaginação, do meu subconsciente adormecido, e que mais tarde ou mais cedo irei acordar deste pesadelo que me aflige nesta madrugada silenciosa onde se vê o sol a romper o dia. Quero acreditar, que na manhã seguinte, abrirei os meus olhos e que verei os raios de sol a entrarem pela frecha da porta como assim o faço todas as manhãs do meu quotidiano; que ouvirei os pássaros a chilrear e que nada do que se passou é verdade tratando-se apenas de uma noite mal dormida. Quero apagar da minha memória, todas aquelas palavras bonitas que me disseste e que me faziam viajar pelos submundos do irreal, do épico; todas aquelas mensagens sentidas que me enviaste e todas aquelas lembranças memoráveis que tenho da tua parte e que me fazem ter saudades dos momentos que já lá vão. Eram meras palavras que ditas pelo vento, me faziam cair em mim, cair na real ao sentir os bons momentos passados contigo, naquelas tardes ensolaradas pelo mais belo calor do sol, e que ao reflectir nos teus olhos verdes e brilhantes, me faziam ver o que estavas a sentir. Mas agora o tempo mudou e eu, sozinha, luto contra a corrente deste rio que tu próprio crias-te, luto com aquela esperança que ainda tenho no meu peito, para afastar as nuvens das tristezas, e conseguir resgatar Quero mudar o que sinto, para não sofrer mais, porque tenho consciência suficiente para ver o que é melhor para mim realmente, mas eu não quero ser consciente e responsável, não quero ser bem-educada e civilizada porque sinto necessidade de te amar, cada vez mais e além disso quem tudo quer tudo perde e não me passa pela cabeça ponderar a ideia perder-te. Por vezes, querer não é poder . . .

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