domingo, 22 de maio de 2011

Eramos felizes e nem sabiamos

Este tempo esta maluco para a epoca. Num dia tanto ha enormes vagas de calor como faz toda a Terra estremecer com o imponente rugido de um trovao fora de estaçao.
Juntamente com a Terra estremeço eu de medo. Os dentes batem, as unhas lascam-se por estarem a ser constantemente postas na boca, a perna que esta constantemente a abanar, ganha agora ainda mais força e eu? Eu continuo gelada, gelada por dentro, nao pelo frio mas pelo que me tens feito nestes dias.
O medo enfraquece-me, a insegurança destroi-me, os ciumes tomam-me e a saudade, a saudades de te ter de novo comigo, como se fosses meu e so para mim apenas, vai-me corroendo por dentro, vai-me matando lenta e dolorosamente a cada misero segundo que passa.
Este ar torna-se cada vez mais denso, impossivel de se respirar. Esta situaçao torna-se cada vez mais assustadora, como um escuro beco sem saida, numa rua contorversa; e esta saudade que eu tenho tua, esta sede que eu tenho de ti faz todos os meus problemas parecerem superiores a tudo, faz tudo isto apertar como um cerco cada vez mais pequeno e pequeno.
Nao tenho ja mais forças, roubaram-mas, arrancaram-nas de mim sem do nem piedade, deixaram-me despida do que mais fortemente me caracteriza, a minha força, a minha garra, a minha determinaçao e poder de decisao. Nao sei para que lado me hei de virar, nao sei que fazer, nao sei qual dos multiplos caminhos propostos nesta viagem de vida escolher, parece-me tudo tao... errado!
Estou deitada na cama de luzes apagadas, exactamente como nos costumavamos fazer, a ouvir o calmante e relaxante som da chuva a bater nas calhas sintonizado com a baixo musica da minha aparelhagem. Abro os olhos, como se acordasse subitamente de um terrorifico pesadelo, dou um grito de revolta que me abre os pulmoes, esperneio, agarro os lençois com a maior força possivel e fixo um ponto no tecto que me acalme. Olho para cima em linha recta e dou por mim a pensar novamente em tudo o que vivi, em tudo o que me deste e em tudo o que partilhamos, aqui mesmo neste sitio. Penso em como tudo mudou em tao pouco tempo, penso em como de um tudo passei a ser um quase nada, em como eramos felizes e nem sabiamos e isso revolta-me, repugna-me este sentimento de raiva, de culpa que nao a tenho, de arrependimento de nao ter feito o que havia ainda a fazer e este sentimento esta tao e tantas vezes presente nos meus dias que de certa forma ainda chego a pensar se realmente nao sou eu a culpada. Dou um ultimo soluço, grito mais uma unica e unissona vez e prometo ja ter acabado, "acabou nao se vai voltar a repetir!" digo eu.


Nisto, apos as minhas supostas ultimas palavras, um novo trovao se faz ouvir na grande mae Natureza e toma conta desta cidade tao bem conhecida por nos dois, durante uns 2 minutos. Eu tenho pavor a estes fenomenos, simplesmente acho fantastica a sua força e e algo que me intimida de certa forma, com tamanha imponencia. Com medo começo a apagar as mensagens antigas que tinha no telemovel, mas nao queria apaga-las de todo, tinha la mensagens tuas, mensagens de quando tudo estava bem, mensagens que ao rele-las me faziam e fazem sorrir, por isso demorei tanto tempo a apagar todas as outras q nao me interessavam.
Regresso ao menu e vejo "1 nova mensagem nao lida", sinceramente nao estava com paciencia para ninguem a nao ser que fosse para ti, e o que e certo e que eras mesmo tu. "Trovoada, faz-me sempre lembrar de ti".

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