terça-feira, 26 de outubro de 2010

Capítulo III de "A espera também cansa"


Escusado será dizer que a noite anterior não tivera sido fácil. Fiquei mais que 2 horas para conseguir adormecer e as únicas coisas que me vinham à cabeça assim que me escondia com a almofada era o teu rosto, a tua voz, o teu riso e o teu típico “Ó puto…”, num sintetizado resumo apenas tu permanecias comigo, eras tu quem eu mantinha no meu pensamento ao deitar, durante o sonho e a primeira coisa na qual eu pensava mal acordava. Sinto-me tão dividida, nunca soube bem o que fazer, faço quase sempre as escolhas menos acertadas, é sempre ao lado, em mim emprega-se sem dúvida quando se diz que não acerto uma para a caixa… E quando tive que optar por uma das duas escolhas que tinha, acabei por me vir a arrepender no minuto seguinte da escolha que tinha feito porém, tu não ligas-te minimamente se tinha evoluído e reconhecido o meu erro e isso desmotiva, acredita que faz com que o interesse desapareça aos poucos e poucos.
Neste preciso momento há uma parte de mim que me exige: “Liga-lhe, agarra no teu telemóvel e liga-lhe, pede-lhe que apenas te escute e diz-lhe que mesmo que não queira ouvir que te deixe explicar o quão importante é para ti” mas uma outra que a contradiz, a parte onde reina o meu orgulho e a imagem por quem me tomam, a da rapariga de nariz empinado que não recua com os seus actos, independentemente dos que sejam …
Durante muito tempo não consegui pôr fim a isto ao que eu chamo de ciclo e agora que consegui, quase que juro de pés juntos que não te deixarei invadir a minha vida, como estás habituado. Esperei muito tempo, mas mesmo muito tempo por ti; sempre na esperança de que voltarias e que não valia a pena recompor-me pois sabia o que se aproximava… Mas depois deste sonho, depois de ter previsto a minha vida mais em diante e de pensar “não aproveitei o que tinha de bom por causa dele”, cheguei à conclusão de que não insubstituível, tudo o que de bom tiveste fui eu que te dei, e os sentimentos que julgavas não existirem surgiram, porém agora estão adormecidos talvez um dia não saibas o que isso é novamente…

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