segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Capítulo I de "A espera também cansa"


A história do Mundo está repleta de grandes mulheres, tanto deusas mitológicas como mulheres do nosso quotidiano, que me servem de inspiração para ultrapassar todo o meu passado. Os registos que hoje temos só valorizam o dom que a mulher tem em adaptar-se a situações desconfortáveis ou não tão favoráveis, e a força que tem para seguir em frente, em recomeçar a sua vida mesmo depois desta ter sido, em parte, destruída por causa de um homem.
A raça feminina merece louvor, merece que lhe seja dado valor, e não, não é feminismo, é sim dar graças a Deus por ser mulher. Não há maior orgulho do que sê-lo, pois nós sim sabemos como levar um homem à loucura mesmo só com o “A B C da sedução” ao lançar um simples olhar pelo canto do olho, e um pequeno sorriso de boa impressão; somos virtuosamente dotadas pela inteligência e assim sabemos pôr em prática bons planos para agarrar um homem, e somos ainda mais perspicazes e inteligentes por fazê-los acreditar que somos parvas (mas amigos, se quiserem um conselho, não se deixem enganar tão facilmente, nós sabemos exactamente o que fazem, mesmo dizendo que nos amam); algumas de nós, se não a maioria, são vingativas, verdadeiras divas às quais chamo “assassinas de salto alto”.
Porém, não é só a conquista ou vingança, também temos que nos entregar e viver a relação.
A entrega é como as 24 horas, tem dois momentos a noite e o dia, o dia é como que o enamoramento, em que acreditamos que é para sempre e que o nosso amor é infinito, é uma das melhores fases, quando sentimos que o sol é mais quente que o normal, que os cheiros são mais intensos e que todas as palavras são melodia, mas como quase tudo na vida tem um fim, raro são as pessoas que conseguem cumprir as juras que se faz no primeiro momento, e como se costuma dizer “ tudo o que é bom também acaba”, um dos cônjuges tem que dizer que acabou para que fique explicitamente claro que foi assente na história, um ponto final que determina o fim; e é aí que vem o segundo momento, a noite na qual passamos em claro, as horas que custam a passar, e os choros e soluços indetermináveis por aquela presença que era permanente na nossa vida, e que agora, já não está mais aqui.
Quem é que nunca sofreu por amor? Quem é que não se sentou já, frente a frente à sua imagem reflectida no espelho, e chorou por alguém que amou ou que continua a amar? Quantos de vocês não sentiu já vontade de emigrar, mudar de estilo de vida duma vez por todas e começar do zero, num lugar onde não nos julgam mesmo por não nos conhecerem?
Eu digo-vos com toda a certeza que quem ainda não sofreu por amor, é porque nunca amou de verdade alguém, e nem imagina a sorte quem tem por nunca ter passado por tal episódio.

4 comentários:

  1. Mais uma vez conseguis-te mostrar que escreves bastante bem, que tens uma enorme facilidade em escrever. Podes mesmo querer que amo todos os textos que tens escrito, meu bem.

    ResponderEliminar
  2. Amei , tens toda a razão. Escreves muito bem :)
    beijinho

    ResponderEliminar
  3. dentro de pouco tempo ponho o II Capítulo loves @
    Beijinho (:

    ResponderEliminar