quinta-feira, 8 de abril de 2010

Noites....


Numa madrugada rodeada de muita animação oiço a tua voz quase tão suave como a brisa das manhãs de primavera, oiço essa tua voz que se distingue de todas as outras vozes banais, esse teu sussurrar que me chama ao teu encontro e que me pede que chegue depressa para termos todo o tempo do mundo disponível, faz-me arrepiar sempre que falas.
Lá dentro, apenas nós dois estamos sob as luzes da ribalta e o resto é meramente acessório, esquecemos aquilo que nos rodeia e criamos a nossa química, que de tão forte mas ao mesmo tempo tão receosa, fazia toda a gente pôr os olhos concentrados em nós dois, com o calor do nosso corpo aquecido pela dança trocávamos olhares e palavras doces numa trama dita ao ouvido, contudo com a saudade já a falar mais alto fazendo um nó no meu peito, tive que me despedir, trazendo na minha mão o cheiro do teu cabelo e na minha mente as recordações duma das melhores noites da minha vida.
E agora, passada 1hora e 11minutos, deparo-me aqui deitada remoendo a minha mente, à espera que amanhã seja igual, que seja tão perfeito ao ponto de chegar a ser épico, tenho algo em mim que não me deixa dormir, um sentimento que perdura com o passar do tempo mas sempre de igual forma, não sendo esquecido… é por este sentimento que continuo a sentir-me viva, com a chama da vida dentro de mim, que me faz perceber que fogo do meu destino continua acesso e com muito para dar, sinto que ainda me falta a garantia de te ter a meu lado, saber que posso ter a certeza de poder olhar para a direita e certificar-me que estarás lá independentemente do que aconteça.
Segura a teu lado caminharei, farei projectos de vida e traçarei os caminhos mais certos que me surgirem pela frente, deixa-me concretizar esses meus sonhos esses meus projectos…
Pois ainda não é tarde demais para que isso aconteça, o planeta Terra continua a girar à volta do Sol e as horas continuam a passar pelo relógio como se nada tivesse acontecido; mas tudo mudou desde aquele momento que ambos sentimos, que ambos presenciámos, mesmo que digas que não.





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